Quem Fiscaliza

Para se executar uma calçada deveria ter regras, deveria? Existe regras mas para quê? Se não existe fiscalização. Em todas as obras que faço em passeios e galerias de prédios em décadas, até hoje não presenciei ninguém do órgão responsável, medindo os desenhos ou verificando se a altura é compatível com a acessibilidade. Seria simples se a altura das soleiras das obras tivessem uma quota definida, assim não teríamos rampas e escadas nas calçadas. E praticamente é impossível debater esse assunto, pois a preguiça, a falta de conhecimento aliada a falta de interesse o que é pior, não permite um mínimo de melhora no caminhos de nossa cidade. Como mudar? por favor me perguntem!

Fora da área

Há trabalhos que a gente faz, mas sabe que vai dar problemas futuros. A economia é prioridade, qualidade em segundo plano. Tem condomínios que apresentam problemas em suas vias de acesso já no primeiro ano, pois as valas abertas para esgoto águas pluviais, elétricas e outras tubulações são feitas com pouca profundidade, e isso impede uma compactação adequada. Causando afundamento onde passa as tubulações. Também existe o uso de materiais inadequados, como paver de menor espessura, assentamento sobre areia. Meio fios assentados sobre terra ou areia, quando deveria ser sobre concreto. Mas o principal problema? A gente não pode se manifestar, nossa área é pavimentação, e encarregados e engenheiros geralmente não aceitam argumentações. A prioridade é entregar a obra.

Cal e piso

Definitivamente o cal não combina de maneira nem uma com colocação de padras em piso. Pois absolverá sempre a umidade do solo e praticamente vai ficar sempre úmido. Á décadas atrás usava se cal até para alicerces, mas era cal virgem só queimado com fogo e depois com água. Para se ter uma ideia não era preciso nem usar cimento. Hoje, para a colocação de pedras mais regulares é adequado usar argamassa e pedras irregulares usa se cimento e areia simplesmente.

Pedras soltas

Com as chuvas que caem em Curitiba, torna se necessário muita atenção ao caminhar pelos passeios calçados com lousinhas. São comuns pedras soltas que com o acúmulo de água formam lama, quando pisadas espirram sujando a roupa de quem passa. Isso ocorre porque as pedras são colocadas sobre terra orgânica, para o assentamento recomenda se saibro fino ou pó de pedra. Em algumas regiões da cidade isso ocorre por que as calçadas foram colocadas todas sobre terra, mas elas tem mais de quarenta anos.

Photoshop um desserviço á arte com pedras

A grande maioria das fotos de calçadas e revestimentos em paredes postadas na internet são tratadas e não são o que parecem. Certas pedras colocadas na parede são realmente muito bonitas para se ver de certa distância, pois de perto são ao contrário. Filetes muito irregulares, dependendo da colocação ficam as cabeças desalinhada, mas tem gente que prefere assim. Com o photoshop a parede parece perfeita. Nas calçadas de petit pavet (mosaico português), os dobres dos desenhos parecem perfeitos e nível também mas na realidade são tortas e muitas vezes deterioram o que quer se mostrar. Lembrando que photoshop não conserta a acessibilidade ou a estética de calçadas e revestimentos. O que importa é o desempenho do calceteiro

Petit Pavet (Mosaico Português), na parede

O petit pavet já se consolidou como um revestimento moderno e sofisticado. Decorando hall. sala, escritório, lavabo, quartos, paredes externas e fachadas. Pode se colocar de duas formas, repicado e clássico. Repicado é colocado desordenadamente com bicos e pedras tortas, dessa maneira é impossível fazer uma decoração com desenhos. Clássico é colocado com cuidado e esmero, podendo se fazer qualquer tipo de desenho ou escritas. Para o clássico o colocador precisa ser um verdadeiro profissional. Sensível a detalhes pois o artista tem que ter esse dom ou a obra de arte desanda.

Desviando de árvores

Seria sensato se os administradores de nossas cidades tivessem o bom senso ao assinar decretos criando projetos de calçamentos. Para cada bairro seria um plano diferente devido as suas características. Ou muda se o plano ou muda se as árvores. Ruas que eram estreitas e tinham árvores plantadas longe do meio fio, hoje são largas e elas estão próximas do meio fio. Com o projeto usado em Curitiba, por exemplo, 1,00 m de grama, 1,50 de calçada, temos que desviar das árvores e cortar suas raízes para manter o nível além de enfraquecer las. Isso torna o passeio sem acessibilidade para pessoas especiais. Então para cada rua rua seria um projeto diferente, dando prioridade ao conforto acessibilidade aos pedestres. Independentemente do material a ser usado.