sábado, 30 de abril de 2016

Fora da área

Há trabalhos que a gente faz, mas sabe que vai dar problemas futuros. A economia é prioridade, qualidade em segundo plano. Tem condomínios que apresentam problemas em suas vias de acesso já no primeiro ano, pois as valas abertas para esgoto águas pluviais, elétricas e outras tubulações são feitas com pouca profundidade, e isso impede uma compactação adequada. Causando afundamento onde passa as tubulações. Também existe o uso de materiais inadequados, como paver de menor espessura, assentamento sobre areia. Meio fios assentados sobre terra ou areia, quando deveria ser sobre concreto. Mas o principal problema? A gente não pode se manifestar, nossa área é pavimentação, e encarregados e engenheiros geralmente não aceitam argumentações. A prioridade é entregar a obra.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Cal e piso

Definitivamente o cal não combina de maneira nem uma com colocação de pedras em piso. Pois absolverá sempre a umidade do solo e praticamente vai ficar sempre úmido. Á décadas atrás usava se cal até para alicerces, mas era cal virgem só queimado com fogo e depois com água. Para se ter uma ideia não era preciso nem usar cimento. Hoje, para a colocação de pedras mais regulares é adequado usar argamassa e pedras irregulares, usa se cimento e areia simplesmente.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Petit Pavet ou Mosaico Português

Petit Pavet no Sul do Brasil ou Mosaico Português no Sudoeste, surgiu pós terremoto em Lisboa no ano de 1755. A recuperação das calçadas feitas com pedras grandes tonou se muito dispendiosa pelo momento econômico. Surgiu a ideia de corta las pequenas, assim seria mais fácil transporta las e colocar. Com o tempo foi aperfeiçoada com desenhos e cores. O caimento máximo deve ser de 3% evitando assim que se torne escorregadia. O dobre perfeito dá um toque de arte aos desenhos, a base de colocação é diferente em regiões do nosso País, Pode se assentar em terra, saibro ou traço. Hoje se usa também na parede. A calçada em Petit Pavet ou Mosaico Português é sem duvida parte da cultura histórica em muitas cidades do Mundo.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cinquenta Tons de Cinza ll

O paver de baixa qualidade é fácil de conhecer, pode ser na cor. porosidade e peso. O peso pode indicar matriais inadequados para a confecção do paver, como areias e outros produtos menos aglutinantes. A cor indica muitas vezes o manuseio e transporte antes da cura. Quando na colocação, as peças mais escuras estão mais úmidas, indicando que ainda estão verdes para a colocação. Assim na compactação com a placa vibratória pode se quebrar essas peças,talvez não apareça no momento pois o rejunte pode esconder essas imperfeições. O colocador profissional sente no tato quando o paver está realmente com qualidade resistência para a colocação. Deve também perceber quando é prensado ou dormido.

sábado, 23 de abril de 2016

Acessibilidade

O debate sobre o conforto e o direito de pessoas especiais de ir e vir é permanente, mas a solução parece distante, por falta de interesse ou despreparo dos responsáveis. Noventa por cento das rampas de acesso não atendem as necessidades, seja pela largura, comprimento ou local impróprio. Nas cidades civilizadas deveria excluir o meio fio guia alta das esquinas, assim se manteria a segurança e a estética das calçadas. Soluções simples assim tornaria a locomoção dos pedestres mais confortável. Outra medida seria exigir que os piso de lojas e comerciais sejam rentes á calçada, evitaria dessa maneira a rampa que serve de acesso a especiais mas se torna um obstáculo aos pedestres. Nos degraus pode se adotar rampas moveis, precisa usar coloca, usou, retira. Vamos procurar formas simples de resolver questões simples e acessibilidade é simples, basta querer...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Qual Melhor Piso, Pedras ou Blocos de Concreto

Pergunta frequente que me fazem. Fazer calçadas com pedras ou blocos de concreto. Aí entra o fator custo e beneficio, por um lado o de menor custo de outro o de maior custo. A pedra talvez seja mais cara porque exige não de obra especializada, os blocos nem tanto. A pedra dura para sempre os blocos tem tempo de validade. Num eventual reparo pode se aproveitar as pedras quantas vezes for necessário, o bloco vai ter que ser substituído ou serrado para encaixar. Ecologicamente as pedras causam menor impacto na natureza que os blocos. As pedras geralmente são retiradas e trabalhadas a mão, os blocos são feito todos industrialmente,britado, moído, misturado, compactado, e para isso usa se energia, combustível, aditivos, sobre isso vou falar depois. Ainda temos a estética, afinal acessibilidade também tem que ter beleza
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quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Falta de Profissionais

Todos os setores, para acompanhar o progresso se reciclam, para buscar sempre a inovação ou conservar a tradição. No ramo da construção civil no quesito acessibilidade não acontece a reciclagem. Ouve mudanças no uso dos materiais, mas a mudança de quem faz o trabalho não existiu. A falta de capacidade técnica, falta capacidade profissional, falta de valorização e falta de interesse de todos os lados. Assim com a mudança de materiais parte da cultura urbana vai desaparecendo e o problema de acessibilidade continua. A solução seria convocar os calceteiros que realmente conheçam da arte e criar novos profissionais. Se isso não acontecer em alguns anos será muito difícil caminhar por nossas cidades. E elas vão se tornar cada vez mais cinzenta, calçadas também dão vida e alegria, com seus desenhos cores e histórias. Nas fotos pode se tirar a conclusão. Calçadão de Londrina PR. antes e atualmente...

terça-feira, 19 de abril de 2016

Seixos e Seixos

Calçadas e revestimentos a base de seixos tem duas realidades para a natureza judiada pelo progresso. O seixo rolado artificialmente causa menos impacto, é tirado de pedreiras britado e rolados. O seixo natural esse sim causa um dano enorme, tirado geralmente do leito do rio, depredando todas as formas de vida. O cartão postal mais conhecido de Curitiba, o Jardim Botânico foi calçado com seixos naturais peneirados para terem a mesma bitola, resultado; para cada 1.000 M², era aproveitado 200 M². Já que foram feitos milhares de metros imaginem o estrago no local de origem desses seixos..! Posso dizer que fiquei muito orgulhoso de participar de uma obra tão bonita e que se tornou conhecida no mundo todo. Mas quando a vejo sinto me triste por de certa forma ter machucado a nossa mãe natureza. Lembre se o seixo rolado trás menos dano a natureza...

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A Falta de Profissionais

Cada vez mais aumenta na paisagem urbana o reflexo da falta de especialistas em calçamento e mobilidade. Com isso a saúde da população de idosos está ameaçada. Se até com blocos o serviço deixa a desejar, imaginem com pedras, onde se exige mais sensibilidade e conhecimento na colocação, alinhamento e nivelação. Cada região exige um tipo de material, de acordo com a temperatura e a disponibilidade. A colocação de blocos também devem seguir certas regras, em local úmido por exemplo, os blocos se tornarão escuro e cheios de algas principalmente nas juntas, deve se usar pedras porosas e escuras. Calçadas com pedras claras devem ser usadas em locais secos e arejados para conservar suas cores e desenhos. Mas o principal é contratar calceteiros profissionais, valorizando o trabalho assim a qualidade está garantida. Lembre se o médico cuida da saúde e o calceteiro faz calçadas...

A eterna lousinha

A lousinha pode ser usada em passeios, áreas comuns e estacionamento para carros leves. Temos vário tons para a brancas e pretas, dependendo da região e da profundidade que são extraídas. A colocação deve ser feita sobre pó de pedra com rejuntamento de massa preta. Com juntas de 2,5 cm. Podemos alinhá las das seguintes formas,linha reta, linha reta com amarração, meia esquadria e meia esquadria com amarração. Com amarração sempre fica mais resistente principalmente em entradas de carros. E bem conservada dura muita décadas. E na região histórica deve ser cuidadosamente restaurada. Exemplo do bairro São Francisco em Curitiba.

domingo, 17 de abril de 2016

Cinquenta Tons de Cinza

Ao entrar em um condomínio e olhar os passeios, dá a impressão que são velhos e estragado.As casas são construídas em épocas diferentes e os proprietários tem que que refazer a calçada e logicamente compram o material de empresas diferentes. O material usado nunca são iguais em suas cores, poucas são as fabricas que conseguem manter a tonalidade em seus lotes fabricados. É comum em orçamento a pessoa pedir o paver com um cinza mais escuro ou mais claro, mas não da para garantir a cor pois isso depende muito da umidade. Por exemplo quando bem seco o paver é bem mais claro e quando molhado fica bem mais escuro. Outro fator é se o paver é dormido ou prensado, a dosagem de cimento pó de pedra e areia. Tem fabrica que tira cada lote diferente pois não se preocupa com esse detalhe. Postado por valmir jorge gomes às 04:51

sábado, 16 de abril de 2016

O que faz o profissional chamado de canteiro

O que faz um canteiro? Trabalha com jardins? Faz hortas, Planta gramas? Ensina canto? Canta musicas? Bilhões de pessoas no mundo usufruem do trabalho desse profissional, que hoje deveria chamar se artista plastico. Quem souber de que se trata essa profissão se é que existe, por favor comente, se não souber comente também.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A cidade e suas caçadas

Nossa cidade tem bairros muito diferentes. E a calçada deve seguir as características desses bairros. Bairros Históricos devem conservar suas pedra e desenhos, para preservar a cultura e a beleza da arquitetura local. Já os novos bairros pode se calçar com blocos, mas com qualidade tanto na mão de obra como no material. Manter um padrão de alinhamento e medidas em todos os novos passeios da cidade é falta de bom senso. As árvores são os maiores problemas das calçadas com elas é impossível manter qualquer padrão . As partes altas da cidade, devem ter um pavimento especial anti derrapante como pedras de arenito, São Tomé ou paver. Mesmo em locais planos deve se atentar para o caimento das calçadas, cada tipo de material requer uma porcentagem diferente de caimento. A arborização da cidade deveria mudar, para árvores com menor porte e rais peão, assim não haveria raízes estourando as calçadas. E as calçadas devem ser feitas por CALCETEIROS...

quinta-feira, 14 de abril de 2016

A Falta de Elegância 1.

O contraste de acabamento nos prédios da cidade é muito grande, hall com piso de granito, balcão em mármore e madeira nobre, gesso no teto com lindos detalhes, fachadas com os melhores revestimento do mercado. Contratam estilistas para vestir o prédio, mas na hora de colocar o sapato no distinto senhor, colocam chinelos de baixa qualidade e o mais barato possível.

Paralelepípedo, muitos caminhos

A maioria conhece o paralelepípedo como uma palavra difícil de se pronunciar. Mas é o percussor da pavimentação moderna por ser regular no alinhamento. O paralelepípedo chegou ao brasil junto com os portugueses, ganhando mais espaço com a vinda da família real ao Brasil. Calceteiros e Canteiros faziam parte dos trabalhadores mais respeitados pelos nobres. Milhares de quilômetros de estradas foram pavimentadas com paralelepípedos pelo país afora, portos e ruas ainda guardam as lembranças de como eram as ruas daquela época. Um belo exemplo é a Estrada da Graciosa que liga a BR 116 á Morretes.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Quem Fiscaliza

Para se executar uma calçada deveria ter regras, deveria? Existe regras mas para quê? Se não existe fiscalização. Em todas as obras que faço em passeios e galerias de prédios em décadas, até hoje não presenciei ninguém do órgão responsável, medindo os desenhos ou verificando se a altura é compatível com a acessibilidade. Seria simples se a altura das soleiras das obras tivessem uma quota definida, assim não teríamos rampas e escadas nas calçadas. E praticamente é impossível debater esse assunto, pois a preguiça, a falta de conhecimento aliada a falta de interesse o que é pior, não permite um mínimo de melhora no caminhos de nossa cidade. Como mudar? por favor me perguntem!